De Criança para Criança

24 de outubro de 2019

5 dicas para adotar uma sala de aula inovadora

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Formar as próximas gerações já é, em si, um desafio e tanto. Sujeitos críticos, atentos às mudanças e às adaptações do mundo moderno, que sejam rápidos na resolução de problemas, além de criativos e colaborativos, são o que mais se busca nesse contexto. E tudo isso parece uma saga para formar superadultos enquanto os traços de personalidade das nossas crianças e jovens ainda não foram totalmente constituídos.

Essa missão – que não é impossível – acaba ganhando um grau muito maior de complexidade dado os moldes tradicionais de educação que temos hoje na maioria das instituições. A atenção ao aluno, portanto, deve ser total, especialmente no que concerne novas estratégias e competências.

Fala-se, aqui, sobre uma sala de aula inovadora, que se apresenta como uma das melhores soluções quando o assunto é uma aprendizagem eficiente, especialmente com o excesso de informação em um mundo cada vez mais conectado, em que conquistar a atenção dos alunos é algo progressivamente mais difícil.

A evasão escolar, a frustração e a carência educacional na vida dos alunos, bem como os problemas psicológicos relacionados ao estresse na vida dos professores, são alguns dos fatores mais sérios ocasionados por sistemas tradicionalistas e potencialmente falidos. Passar pela vida escolar se sentindo incapaz causa enormes danos à confiança e à autonomia da nossa juventude.

Além disso, o cenário afeta indiscutivelmente a rotina de professores e mentores nas salas de aula. Dessa forma, faz-se necessário e urgente debater, repensar e adotar novas e inovadoras formas de ensinar, enquanto nos adequamos aos novos contextos tecnológicos, sociopolíticos e até mesmo cognitivos.

Para os que enfrentam diariamente o desafio de transformar a aula expositiva – há tanto rejeitada por muitos – em um momento dinâmico e efetivo de aprendizagem, preparamos esse conteúdo especialmente para vocês. Portanto, continue lendo e confira cinco dicas que separamos para adotar uma sala de aula inovadora e conquistar os seus alunos!

1. O propósito: analise todos os fatores dentro da sua realidade

A sala de aula inovadora tem como alguns de seus propósitos mais importantes o estímulo à reflexão, a troca de informações, o trabalho em equipes, além da resolução eficiente de problemas e do aperfeiçoamento da tomada de decisões. Com isso, deve-se observar e compreender que tipo de realidade está posta em cada sala de aula, quais são os valores da instituição e como lidar com as mudanças e os demais fatores correlatos.

Isso se deve ao fato de que nem sempre dispomos de recursos para articular determinadas estratégias, afinal, educar não é uma receita de bolo. Cada turma é composta por vários universos, que são os alunos, portanto, começar com o propósito da turma ou da atividade soa tão óbvio quanto “começar pelo começo”, mas esse apontamento é de extrema relevância.

No desenrolar de alguma atividade ou de qualquer outra ferramenta de ensino, o professor deverá ter total clareza do seu objetivo em sala de aula e do tipo de turma com que está lidando. Aqui, pode-se ressaltar a importância de sentir como os alunos vão reagindo aos novos métodos e atividades, suas dificuldades, sua empolgação, ou seja, todos os detalhes para que o professor se veja cada vez mais apto para transmitir as informações com propriedade. Quanto maior a clareza do aluno em relação ao propósito da nova tarefa, melhor ele conseguirá se engajar.

Pode-se iniciar essa introdução a partir de algo que consiga incentivá-los a pensar sobre os fatores ou as ideias relevantes acerca de um tema ou problema atual. Seja com conhecimento de mundo ou em situações particulares listadas por eles, o professor poderá promover e mediar um debate visando desenvolver o planejamento e a organização das ideias.

2. O processo: estimule a curiosidade e a participação dos alunos

Utilizar a curiosidade dos alunos como ponto de partida é essencial quando se pretende adotar uma sala de aula inovadora, principalmente se considerarmos que os ambientes escolares tradicionais frequentemente deixam de lado o universo, as particularidades e as vivências dos alunos. Tudo isso reforça a relevância de buscar conhecer os interesses e as preferências da turma, utilizando essas informações na elaboração de aulas inovadoras.

Partindo do conceito de “inovação” como “introdução de novidade”, esse processo deve ser feito da forma mais suave e estimulante possível, já que a ideia é justamente melhorar a dinâmica e a eficiência da aprendizagem. Uma boa prática é dialogar abertamente com os alunos sobre assuntos cotidianos, questionando o que gostariam de aprender e, a partir disso, elaborando variadas dinâmicas e/ou atividades que os estimulem e despertem a sua curiosidade.

Feito isso, é fundamental medir em que níveis os alunos se envolveram com o tema, como foi seu engajamento, sua participação e sua empatia, além de avaliar como trabalharam em equipes. É extremamente necessário que o professor conheça os seus alunos e compreenda como eles aprendem. Com isso, ele saberá motivá-los a vencer suas barreiras.

3. O formato: respeite as múltiplas inteligências durante as atividades

Já ressaltamos aqui a importância de conhecer a turma e o contexto com o qual se está lidando durante a adoção de uma sala de aula inovadora, e isso envolve uma gama de práticas e fatores, sobretudo se pensarmos em cada aluno a partir de diversas experiências, particularidades, idiossincrasias e modelos de aprendizagem que melhor se encaixarão à sua inteligência.

Isso mesmo, Cada pessoa possui um tipo de inteligência diferente, que pode ser linguística, musical, espacial, corporal, interpessoal, intrapessoal ou naturalista. Nesse sentido, na fase da infância/adolescência, quando os alunos descobrem o mundo, é indispensável que os professores se preocupem em respeitar e acessar as inteligências múltiplas. Dessa forma, será possível incluir esses diferentes tipos de aprendizagem nas dinâmicas.

Como exemplo, temos os alunos mais introvertidos, que não se sentem confortáveis com certas atividade de exposição, cabendo ao professor trabalhar com estilos e técnicas para incluir os diferentes tipos de personalidade. Diálogos em grupos menores e mudanças no posicionamento hierárquico do professor na sala podem ser valiosas estratégias para facilitar a interação.

Nesse ponto, vale destacar que, a partir da consciência de que cada aluno terá seu tempo de assimilação a depender de sua própria inteligência, devemos proporcionar um processo de aprendizagem o mais autônomo e emergente possível. O professor poderá atuar como um facilitador da aprendizagem após expor o conteúdo de forma dinâmica, deixando que as decisões e as respostas das atividades sejam baseadas na produtividade e não na necessidade de controle.

4. As tecnologias: utilize sabiamente os recursos disponíveis

Fazer uso de recursos tecnológicos hoje é tão necessário quanto inevitável. Assim, já que smartphones, tablets, notebooks e demais itens estão sempre presentes de alguma forma no cotidiano dos alunos, o professor poderá fazer uso desse aparato tecnológico de forma a potencializar o aprendizado.

Especialmente por permitirem o acesso à Internet, todos esses recursos podem ser importantes ferramentas de busca por conhecimento e, dessa forma, não podem ser negligenciadas. Muito pelo contrário, quando devidamente contextualizadas, elas podem representar um grande diferencial em uma sala de aula inovadora.

Nesse sentido, uma boa prática aqui pode ser utilizar ferramentas e recursos predominantemente visuais, tendo em vista que eles são importantes para a aprendizagem. Técnicas de pensamento visual, quando bem compreendidas, são formas eficientes de organizar ideias e de melhorar a capacidade de comunicação, criando novos padrões de interação.

A proposta é que ao invés de competir com a informação instantânea, os vídeos, os jogos e tudo o mais que os alunos consideram mais interessante do que a aula expositiva convencional, o professor busque reverter todo esse engajamento em uma aula dinâmica e próxima àquele mesmo recurso.

5. O lúdico: conecte a criatividade com a aprendizagem do mundo real

Conectar a aprendizagem com a vida imaginária visando estimular a criatividade é uma das práticas mais importantes dentro da adoção de uma sala de aula inovadora, especialmente se falamos dos primeiros anos de formação. Planejar atividades que incentivam a imaginação, a criação, a reflexão, assim como o uso de diversos ambientes, projetos colaborativos e demais recursos pode facilitar consideravelmente essa tarefa.

Já que a proposta é inovar e sair dos padrões tradicionais e expositivos, o professor pode promover aulas experienciais e ativas. Assim, esse poderá ser um caminho mais rápido e natural para absorver o conhecimento, transformando o estudo conceitual em atividades práticas e dinâmicas.

Nesse sentido, a relação entre situações cotidianas e/ou imaginárias com conceitos obrigatórios do conteúdo programático pode ser feita por meio de representações gráficas/visuais e algum tipo de storytelling. Assim, algo que pode parecer simples diversão ou arte tem potencial para ensinar e estimular as diversas habilidades essenciais para o desenvolvimento pessoal e profissional dos alunos.

Portanto, trabalhar a escrita, o desenho, a pintura, bem como a criatividade, a capacidade narrativa, a construção de argumentos e o pensamento lógico pode trazer benefícios inúmeros do ponto de vista pedagógico, ao utilizar a conexão com a imaginação. Ademais, em uma sala de aula inovadora, o professor também estará exercitando sua própria criatividade, além de sua capacidade de gerir o tempo e de mensurar resultados.

6. BÔNUS: conte com o auxílio competente e especializado para adotar uma sala de aula inovadora na sua instituição

Quanto mais os professores e a instituição estiverem conectados às mudanças do modelo educacional que estão acontecendo no mundo, assim como com novos paradigmas tecnológicos e com seus próprios alunos, melhor será para o processo de inovação. Mas e você? O que você está fazendo para adotar uma sala de aula inovadora?

É de grande importância contar com o devido auxílio especializado quando o assunto é a adoção de práticas mais inovadoras na sala de aula. Seja para a capacitação dos profissionais envolvidos, para o exercício de criatividade, para a articulação de novas ideias ou para produzir práticas que possam contribuir para esse objetivo.

Muito disso só terá maior efetividade e consideráveis impactos se houver o devido suporte profissional. E por mais que não seja tão fácil encontrar essa ajuda tão necessária, não se preocupe! Foi pensando nisso que decidimos te dar esta dica bônus.

Você conhece o De Criança Para Criança? Nós somos um programa multimodal de linguagens que integra as modalidades verbal, visual, gestual e sonora. Com essa metodologia, os alunos assumem o protagonismo das tarefas contando com o apoio do professor na função de mediador.

Nosso objetivo é trazer para a sala de aula uma nova dinâmica para a construção do conhecimento e o resultado dessa prática é uma animação que perpetua o que foi aprendido na escola e que pode ser compartilhado com todos. Entre em contato conosco e veja como nós podemos lhe ajudar a atender todas as competências gerais da BNCC, com a pretensão de construir uma sala de aula mais inovadora!

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